Sem água, sabonete e álcool em gel, população de rua de São Paulo fica à mercê das medidas de prevenção ao coronavírus.
Acostumado a mexer em recicláveis que ele cata pelas ruas de São Paulo, a cor preta da sujeira em suas mãos não incomoda José de Souza, 49 anos. As mãos só são lavadas quando há possibilidade de usar um banheiro. Ainda assim, o homem em situação de rua esfregava uma mão na outra tentando aproveitar um dos raros momentos do seu dia em que teria acesso ao álcool em gel, a fim de se prevenir do coronavírus.
Para José, o produto oferecido pela Missão Belém da Arquidiocese de São Paulo, é um luxo que ele não está acostumado a ter. “Na rua não tem nada disso”, me disse. “Falam que a gente tem que lavar as mãos, mas vamos lavar onde? A gente não tem água. Não acredito que eu vá pegar essa doença. Tenho fé, Deus vai me proteger. Já passei por muita coisa nessa vida e tô aqui trabalhando de baixo de chuva e sol”.
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